Além dos 3 grupos estruturais – infetados pelo VHB, infetados pelo VHC e controlos – os doentes foram também subagrupados de acordo com o estádio presumido
de fibrose. No caso dos infetados pelo VHB utilizaram-se os valores de referência de Marcellin et al.18. Na infeção crónica pelo VHC utilizaram-se os valores de cut-off de Castera et al.8 (tabela 1). Relativamente aos controlos, dada a ausência de estudos com valores cut-off de DH neste contexto, tendo em consideração MDV3100 datasheet o estudo de Roulot et al., assumiu-se empiricamente DH > 7,1 kPa como DH intermédia20. Para a análise descritiva aplicaram-se conceitos básicos como a média, mediana, o desvio padrão, o valor mínimo e máximo. Na caraterização da amostra as variáveis contínuas idade e IMC foram analisadas através do teste ANOVA unifatorial (F) usando testes post-hoc para avaliar quais os pares de médias significativamente diferentes. As variáveis contínuas ALT e plaquetas foram analisadas pelo teste t de Student (t). Para análise da variável nominal sexo utilizou-se o teste qui-quadrado (χ2). Para a análise das variações intraindividuais, ZD1839 datasheet medida antes e após a ingestão alimentar, aplicou-se o teste t de Student para amostras emparelhadas depois
de se verificar que a distribuição das medições de DH era normal (teste de Kolmogorov Smirnov) antes e depois da refeição no mesmo indivíduo. O tratamento estatístico 4��8C foi efetuado com recurso ao software estatístico Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) 19.0®. Um valor de p igual ou inferior a 0,05 foi considerado estatisticamente significativo. A tabela 2 resume as características demográficas, clínico-patológicas, antropométricas e laboratoriais da amostra (nos seus grupos e subgrupos). Entre os indivíduos com infeção crónica pelo VHB e pelo VHC não houve diferença significativa relativamente ao sexo, idade e IMC. Quando comparados os grupos de doentes vs grupo controlo, verificou-se um predomínio do sexo masculino nos doentes (p = 0,005),
o grupo controlo era significativamente mais jovem (p < 0,001) e o grupo de doentes com hepatite crónica pelo VHB apresentava um IMC médio mais alto (p = 0,006). Em relação aos valores laboratoriais observou-se que os doentes com hepatite crónica pelo VHC apresentavam valores de ALT significativamente mais altos (p = 0,002) do que os doentes com hepatite crónica pelo VHB. Não se encontrou diferença no valor de plaquetas (p = 0,981). Quando avaliada a totalidade da amostra verificou-se uma diferença significativa nos valores de DH após a refeição ligeira (p = 0,002), sendo que a média dos valores variou de 7,2 kPa para 7,6 kPa (tabela 3). Utilizando a mediana dos valores de DH, verifica-se que esta variou de 5,4 para 5,6.